jueves, 27 de noviembre de 2008

Despedida em Londres

A noite que Marlon e eu passamos no aeroporto de Stansted, entre os dias 23 e 24 deste mês, depois da visita à Londres, foi bastante tranqüila. Quando chegamos, por volta da meia-noite, havia tanta gente dormindo que demoramos para encontrar um bom lugar, quer dizer, encontramos um mau lugar, pois estávamos tirando uma soneca quando às 4 horas da madrugada os funcionários da Ryanair começaram arrumar as divisórias das filas dos guichês para o dia seguinte. O bom desse incômodo foi que procuramos outro lugar e logo encontramos alguns bancos em uma parte mais afastada e silenciosa, pois alguns dos "hóspedes" do hall de entrada já haviam embarcado.

O vôo do Marlon partiu às 8h30 e o meu, 3 horas depois. Nesse meio-tempo continuei no mesmo lugar descansando e saí dali apenas por uns 5 minutos para fazer o check-in pelo sistema automático. Então, os 2 minutos mais interessantes dessa estadia aeroportuária aconteceu. Estava no mesmo lugar quando se aproximaram de mim 2 policiais armados até os dentes, cada um levando uma semi-automática na cintura de quase 1 metro de comprimento, além de outros equipamentos mais discretos. Esses dois já eram outros, pois a dupla noturna teria finalizado seu turno. Um deles chegou a mim e explicou o motivo da abordagem, uma ronda de segurança e blá blá blá, para logo perguntar o que eu fazia ali por tanto tempo. Esperava o vôo. O que mais? Então perguntou: "Ok man, are you french?". Mesmo cansado e com muito sono por causa da noite mal dormida, em poucos segundos compreendi a pergunta. Vestia um moleton já não muito apresentável, mais de 1 dia de uso, uma touca, ou seja, semi-sujo, e foi suficiente para entender a suspeita. Eu disse: "Ahm, não. Sou... eu vim da Espanha!". Apresentei meu bilhete recém-retirado da máquina. Eles pediram desculpa por incomodar e saíram sorridentes. O fato de ser brasileiro não influenciou em nada! Nem foi preciso dizer!

Agora, ser tachado de francês que pegou mal. No mesmo dia tomei banho!

martes, 25 de noviembre de 2008

Em busca de vida

Recentemente li um texto de Saramago em seu blog no qual questionava a utilidade de criar palavras ou, mais especificamente, de expor e compartilhar idéias. Um ponto é que com 86 anos de idade ainda reflete sobre seu próprio meio de (sobre)viver; outro, que mais me chamou a atenção, foram as conclusões encontradas: perguntas.

Em algumas das aulas de filosofia que frequentei aprendi que a conclusão unâmine pelos filósofos de todas as escolas era a finalidade do ser humano aqui na Terra, a de ser feliz. Bom, disso não discordei nunca, pelo contrário, me empolgava em relacionar as ações das pessoas com esse objetivo universal. O problema, ou salvação - dada a diversidade de idéias que temos hoje, é que o combustível das discussões filosóficas eram justamente os meios de se alcançar este objetivo.

Diante do texto citado relacionei os pensamentos do grande escritor a um dos meios possíveis. Um homem reconhecido mundialmente, com uma larga vida, que tem uma lista imensa de prêmios - incluindo um Nobel em literatura, títulos Honoris Causa e condecorações, nos deixa com perguntas que certamente fizemos quando ainda tínhamos 5 ou 6 anos de idade. Em suas palavras: "... Que significado terá o zumbido das abelhas no interior da colmeia? Serve-lhes para se comunicarem umas com as outras? Ou é um simples efeito da natureza, a mera conseqüência de estar vivo, sem prévia consciência nem intenção, como uma macieira dá maçãs sem ter que preocupar-se se alguém virá ou não comê-las? ..."

Há pouco tempo Saramago sofreu de uma doença séria e agora se recupera. É certo sua vontade de continuar vivendo para simplesmente dar-se conta de que as perguntas ali estão e sempre estarão. Um dos meios de que todos dispomos, e utilizamos sem perceber, é a nossa própria busca.

Texto citado: http://caderno.josesaramago.org/2008/11/16/86-anos/

jueves, 20 de noviembre de 2008

Post Inaugural

Olá. Escrevo este post por dever de quem acredita em começar as coisas bem. Criei um blog, então, devo começar escrevendo algo. Este blog foi criado hoje mesmo, na parte da manhã. Devido às aulas e a outras urgências cotidianas não pude escrever desde então. Agora na virada do dia tento recompensar esta ausência.

Nada melhor do que uma historieta sobre as origens dessa empreitada. Há tempos venho pensando em criar um blog. Ou melhor, a idéia da criação já a tinha bem clara, só me faltava decidir em qual servidor hospedar meus escritos, pois encontrei vários e na verdade não vi vantagens ou desvantagens sobressalentes em nenhum deles. Eis que recebo um e-mail de meu "compañero de piso" aqui na Espanha, Weriton, sobre sua recente criação de um blog. Logo eu disse: "ou crio agora ou me demoro por mais semanas...". E aqui estamos. O blog do Weriton, que começou com textos muito interessantes do Pequeno Príncipe, está em: http://weritonfidalgo.blogspot.com/.

Cumprido o dever vou terminando por aqui. Logo amanhã tenho uma viagem a Londres (matarei a lombriga de conhecer esta cidade), e retornarei na semana que vem. Assim posso prometer que minha assiduidade neste blog começará em alguns dias. Deixemos esta ausência inicial ser o "suspense que antecede".