lunes, 1 de diciembre de 2008

A briófita que queria virar uma pimenteira

Este texto eu dedico ao chico Weriton, mi compañero de piso, cujas idéias podem ser encontradas aqui: http://weritonfidalgo.blogspot.com/. Em recentes discussões, bastante freqüentes em "nosso semestre meio-sabático", tocamos no assunto de evolução natural. Aproveitando a faísca em seu comentário, decidi criar algo mais extenso e deixar a referência.

A Teoria da Evolução Natural foi responsável, principalmente no século passado, por uma grande revolução no pensamento científico e, mais tarde, também no dos mortais, devido à sua inclusão nos currículos escolares. Pelo pouco que conheço, essa teoria me parece bastante plausível, o suficiente para me convencer e ter como adepto.

Sob o ponto de vista da teoria, à primeira vista a briófita não teria necessidade de se transformar em uma pimenteira, já que sua reprodução estava garantida. Porém, o que entra em jogo são as famosas leis de sobrevivência: competição e adaptação. Como hoje já se sabe, o material genético está em constante mutação e o que se sugere que tenha acontecido é o surgimento, através das modificações genéticas e sua influência nos ciclos vitais da planta, variedades mais resistentes. No caso das briófitas, a desvantagem é a dependência de água em estado líquido, e a pimenteira tem a vantagem de sobreviver em áreas menos úmedas. Levando-se em conta apenas essas duas protagonistas, a competição por nutrientes, espaço e água seria menor com a adaptação da pimenteira a novos terrenos e, como conseqüência, seguiria se reproduzindo com maior possibilidade de manter sua espécie. Mas o mundo real é sempre pior... há milhares de espécies confrontando-se todo o tempo! Qualquer vantagem permanece em detrimento de outra característica menos favorável.

No caso dos peixes, anfíbios e répteis é a mesma idéia. Vantagens adquiridas por adaptações. Imaginemos que há bilhões de anos a vida na água era muito competitiva, nenhum serzinho aquátinho estava tendo sossego ali. Então, alguns mutantes grotescos começaram a poder sair da água por um tempo e, com isso, aproveitavam a vida tranqüila lá fora para obter alimento e se proteger. E logo vieram os répteis, com seus ovos protegidos por cascas isolantes, capazes de manter água e nutrientes, e assim livres da necessidade de ficarem na água.

Bom, para mim essas idéias são totalmente lógicas e é isso que me lembro agora sobre essa teoria. As provas factuais de ligações entre seres mais distantes são dadas, até onde sei, por evidências fósseis, comparando-se as anatomias dos seres vivos. E, convenhamos, não é fácil encontrar todos os fósseis necessários para provar todas as ligações que sugere a teoria. Entretanto, a falta destes tampouco contradiz o que nos esclarece essas idéias.

1 comentario:

Weriton dijo...

!Vale chico!
O mais legal é pensar em partículas subatômicas. Não veja isso como uma faísca hein...rsrs O que as levaria a se juntarem para formarem o mais simples dos átomos que seja? E depois para formarem moléculas e assim por diante até formarem um ser complexo? Como surgiram essas pártículas subatómicas? Será que elas sempre existiram? Será que já havia um número razoável delas no vácuo para formar as primeiras coisas? Será que o vácuo sempre existiu? Será que o vácuo é a evolução de alguma coisa? Quando mais fundo formos, mais temos a certeza de que algo não lógico existe. Ou alguma coisa já existia para que a partir dela fossem surgindo as outras. Ou então, eis que de repente, no meio do nada (considerando que o "nada" já existia), "brota" uma partícula que geraria todas as outras. De qualquer forma, nossa compreensão é barrada por algo que não temos o conhecimento, ou que não nos é lógico seja qual for a teoria escolhida.
Mas o importante é viver, seja qual for o significado que a vida nos tem, porque afinal ela existe em nós. E quarta tem paella!!!